sábado, 9 de maio de 2020

O que estava inacabado



Despistada como sou quando ando na rua, senti alguém tocar-me no ombro.
Parei, olhei, um conhecido que já não vi há muitos anos.
Cumprimentámo-nos, ele disse que me tinha chamado, eu pedi desculpas explicando que, na rua, não vejo nem oiço ninguém, vou sempre na lua.
Ficámos um pouco na rua a conversar, aquele discurso categórico do costume “há quanto tempo” etc e tal.
Ele pergunta se quero ir beber um café, eu digo que naquele momento não dá, tenho algo para fazer no escritório que, por sinal, já estava mesmo à porta do prédio.
Ele diz que é pena, que gostava muito de colocar a conversa em dia.
Eu digo que podemos combinar e pergunto se ainda tem o meu número porque tenho o mesmo número desde sempre.
Ele diz que sim, ainda tem e que esteve várias vezes para me ligar.
Eu digo que podia ter ligado à vontade.
Ele responde “simpática como sempre. E sempre com esse ar”
“que ar?”
“de menininha mas…”
“obrigada pelo elogio e esse mas ficou suspenso porquê?”
“porque …(pausa)…é melhor ficar por aqui”
“xi eu continuo a não gostar de coisas a meio, isso também não mudou em mim”
“mas ficámos com algo a meio”
“verdade. Aí tens razão mas não impede de acabares as frases”
“acabar a frase para dizer que continuas com ar de apetecer agarrar e beijar e depois não o fazer?”
“agora que acabaste a frase já te posso responder. E agarrar e beijar é algo que já o fizeste antes”
“e fazia agora de novo e fazia mais”
“e então?” disse eu enquanto me aproximei mais dele ficando quase colada a ele.
Sem dizer mais nada, num impulso coloca as mãos em mim, puxa-me contra ele e o inevitável beijo aconteceu.
“é este o prédio para onde vais’” pergunta ele no fim do beijo.
“é, porquê?”
“não podemos ir ali à entrada?”
Maliciosamente sorri e percebi, entrámos no prédio, eu à frente, ele atrás de mim.
Mal a porta de entrada fechou, ele puxa o meu braço, acabo virada para ele e pergunta “aqui ou no elevador?”
“este prédio tem um sitiozinho melhor mas vamos de elevador”
Mal entrámos no elevador, os beijos recomeçaram, aqueles beijos que fazem aumentar a tesão a qualquer pessoa e as mãos a percorrer os nossos corpos por cima da roupa.
Chegámos ao tal sitiozinho, saímos do elevador, rapidamente expliquei porque é que aquele sitio dá e não perdemos mais tempo com conversas, ele só diz que quer fazer o que devia ter feito à anos atrás e, sem mais conversa, puxei-o para mim, puxei-o já com a minha mão a desapertar-lhe as calças.
Ele também não se ficou atrás e começa por desapertar as minhas calças mas vira-me de costas para ele e mete a mão dele dentro da minha roupa e vai descendo até encontrar a minha coninha já bem molhadinha.
Usa os seus dedinhos e vai esfregando fazendo-me suspirar baixinho, enquanto empino o meu rabo para sentir melhor aquele volume que já se sente bem a fazer pressão atrás de mim.
Até que num suspiro sai-me um “fode-me” e, ao ouvido, ele diz-me “já o devia ter feito à uns anos atrás”.
Sem palavras e continuando de costas para ele, sinto-o procurar algo nos bolsos e diz “não tenho nenhum”, eu percebi e digo “tenho na minha mala”, rapidamente fui à mala e tirei da bolsinha um preservativo.
Enquanto ele o colocava, eu desci as minhas calças até que o sinto novamente bem duro atrás de mim.
Desvia-me o cabelo, beija-me o pescoço e sinto-o a tentar encaixar-se em mim.
Para facilitar, coloquei-me meio debruçada com os braços esticados a agarrar a parede do hall das escadas e assim ele consegue encostar a cabecinha na entrada da minha coninha e, numa só estocada, enfia aquele caralho todo por mim adentro.
Eu soltei um gemido que rapidamente abafei com uma das mãos, afinal ali não se podia fazer barulho.
Baixinho oiço-o dizer “foda-se há tanto tempo” e o caralho dele começa a foder-me em movimentos de vai-e-vem que, rapidamente, passam a estocadas sem dó na minha coninha, aumentando cada vez mais o ritmo.
Naquele hall de entrada só se ouviam as nossas respirações alteradas e os sons húmidos daquele caralho a foder-me a cona.
Não demorou muito e a minha coninha anuncia que se vai vir, eu abafo os meus gemidos com a minha boca contra o meu braço e venho-me num orgasmo explosivo.
Sem tirar de dentro, ele sente as contracções da minha coninha, com as mãos agarra com mais força na minha anca, acelera a foda até que, numa estocada mais forte, enfia bem fundo e sinto o caralho a pulsar dentro de mim e ele geme abafado contra o meu pescoço.
Recompusémo-nos, fui acompanhá-lo à saída do prédio onde nos despedimos com a promessa dele de que tínhamos de repetir o que deixámos inacabado durante anos.

Beijos da vossa 👄Maria dos Prazeres👄







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