Mais um dia
em que o autocarro tinha faltado o autocarro e quando um apareceu, foi a
abarrotar.
O percurso
normal é de 25 minutos mas, como era final de um mês ainda considerado inverno,
tinha caído umas pinguitas de chuva e o autocarro demorou mais que os 25 minutos
habituais.
Como disse,
o autocarro ia cheio mas vi mesmo ao fundo um lugar no último banco.
Aliás,
quando cheguei perto, vi que eram 3 lugares mas, como tinha dado passagem a um
casal de mais idade, o casal ficou nos outros 2 lugares no lado direito do último
banco e eu fiquei com o tal lugarzinho que inicialmente tinha visto.
O tal lugar
era no meio de 2 rapazes novos, pelo menos de aparência nova.
Lá me sentei
no meio dos dois, coloquei a pasta e a mala no meu colo e fiquei assim
quietinha mas a sentir-me prensada entre aqueles dois rapazes.
Comecei a
sentir, na minha perna esquerda, algo a tocar, vi que era a mão daquele que
estava sentado no meu lado esquerdo.
Admito que
fiquei incomodada mas incomodada apenas porque estávamos ali cheio de pessoas
nos outros bancos... desviei-me apenas uns milímetros porque, ao me desviar,
fiquei mais encostada ao outro que estava no meu lado direito...
Até que, com
os solavancos do autocarro, acabei por voltar à posição de antes, com a mão do
outro encostada à minha perna esquerda.
Não tinha
como escapar então deixei-me estar.
Como ele
percebeu que eu não dizia nada contra isso, começou a esfregar a mão na minha perna,
a fazer festas na minha perna.
Olhei para
ele e ele levantou um pouco o casaco que tinha no colo, deu para ver o volume que
já tinha nas calças, umas calças acinzentadas do género de fato treino, de
tecido maleável.
Nos segundos
seguintes, já eu tinha passado a segurar a minha pasta e mala apenas com a mão
direita pois a minha mão esquerda já estava na perna dele.
Ele parou de
tocar na minha perna, agarrou na minha mão (aquela que tocava na perna dele) e
levou-a para baixo do casaco, em cima das calças dele.
Percebi a
ideia e fui alisando o pau dele por cima das calças por alguns segundos.
Foram por
alguns segundos porque, com a outra mão dele que estava disponível, ele tirou o
pau para fora já que as calças eram maleáveis e tinha o casaco em cima o que
dava para disfarçar perfeitamente.
Claro que a
seguir punhetei-o lentamente para não dar nas vistas com os movimentos.
Mas o outro
que estava sentado do meu lado direito deve ter percebido porque começou a
ajeitar-me muito no banco, até que olhei para ele e ele ajeitou o pau.
Eu apenas
sorri e continuei a punheta no outro.
Fingi olhar
para a janela mas estava era a olhar para ele já que a direcção era a mesma e
vi que ele se contorcia disfarçadamente no banco.
Nisto ele
pega no telemóvel e fingiu um telefonema (fingiu porque o telemóvel tinha a luz
apagada) e diz nesse “telefonema”: "yo bro vou sair daqui a 2
paragens".
Claro que
percebi o "recado".
Como tinha a
pasta e a mala a tapar-me e o casaco dele em cima dele e o outro do lado tinha
percebido, já nem me preocupei e aumentei mais os movimentos.
Nisto
chega-se à paragem antes da dele e aumento ainda mais os movimentos até que
sinto algo morno e pegajoso na minha mão.
Com a minha
outra mão, tirei um lenço de papel da minha mala (ainda bem que tenho sempre
lenços de papel e estavam mesmo ali ao de cima da mala), tirei a outra mão
debaixo do casaco dele e limpei-me.
Ele
ajeitou-se, tocou para sair do autocarro, desviei-me para ele passar e saiu.
O outro que
estava no meu outro lado começou também a ajeitar-se, talvez a ver se lhe calhava
algo do mesmo género mas eu disse em voz baixa "estou quase a sair também",
embora tenha ficado com pena dele eheheh mas realmente sai logo a seguir do
autocarro.
Que todos os
atrasos e falhas de autocarros pudessem ser assim 😉
Beijos da
vossa 👄Maria dos Prazeres👄
No tempo em.que andava de autocarro nunca e calhou uma coisas dessas com muita pena minha
ResponderEliminarAcho que já ouvi isto em qualquer lado... ��
ResponderEliminarKK